Foi a noite quem me disse que do teu amor floresceriam corpos depois frutos gomos de teu riso.
Foi a noite quem me disse que tu serias a mão da aurora que me afagarias o rosto carícias de luz para espanto das estrelas.
Foi a noite quem me disse que um profundo e denso eu se condensaria das nebulosas da tua volúpia e eu descansaria no teu colo enquanto tu, incandescente davas forma ao nada.
Foi a noite quem me disse com seu turbilhão de êxtases que eu beijasse o teu beijo tateasse as minúcias do teu desejo as ternas labaredas que despem tuas pernas por onde vejo fúria e magma.
Foi a noite quem me disse que sou uma lembrança alada mágoa de uma nuvem dissolvida e que sonho te vestir de pássaro e ser o descanso de tuas penas.
Foi a noite quem me disse antes de romper a manhã que eu te devo o paraíso desde imemoriais centúrias a ti
e a uma singela maçã.
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